Por Redação Tribuna do Planalto em 20/03/2025 - 14:55
O avião caça Gripen 4100, utilizado pelo Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil, operou na Base Aérea de Anápolis por cinco dias, concluindo uma etapa crucial de testes. Apesar da avaliação ter ocorrido em fevereiro, o resultados foram divulgados nesta quinta-feira (20), com objetivo de verificar o desempenho do caça em condições de 32ºC e a 1.100 metros de altitude, com cargas extras. A aeronave foi equipada com dois tanques de combustível de 1.100 litros cada e quatro mísseis (dois Diehl IRIS-T de curto alcance e dois MBDA Meteor de longo alcance).
Foram realizadas 14 missões de 35 minutos, com 62 pousos e oito reabastecimentos com motor ligado. “Criamos um cenário desafiador, com a aeronave pesadamente carregada, em ambiente quente e alto, simulando aproximações para pouso em pista curta”, explicou Jonas Petzén, chefe de testes de voo da Saab, uma empresa criadora de sistemas de defesa e segurança aeroespacial, sediada em Estocolmo, na Suécia.
Os voos começaram sem carga externa, com peso aumentado gradualmente. “Já testamos o Gripen em condições extremas de calor e umidade, mas agora focamos na qualidade do voo e na capacidade de manobra”, acrescentou Petzén. Os testes comprovaram a adaptabilidade do Gripen a diferentes climas e ambientes. “Provocamos o sistema de controle de voo com correções bruscas antes do pouso, confirmando o desempenho esperado do sistema de controle, motor e freios sob grande peso”, disse André Brännström, piloto de testes da Saab.
A campanha envolveu 22 profissionais, incluindo sete da Saab e 15 da Embraer, entre técnicos, engenheiros e pilotos de teste.
