A organização social Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) rebateu as acusações da Prefeitura de Anápolis sobre a gestão da UPA Vila Esperança. Segundo a OS, não houve intervenção, mas sim uma quebra contratual, sem diálogo prévio e com repasses financeiros atrasados.
O INDSH também negou a falta de profissionais na UPA Vila Esperança. A organização afirma que atendia acima da média contratada, chegando a realizar até 17 mil atendimentos mensais. Além disso, destacou que problemas pontuais foram agravados por dificuldades externas, como atrasos nos pagamentos e falta de suporte adequado.
A decisão da Prefeitura ocorreu após um apagão no atendimento no último sábado (15), quando parte dos médicos se ausentou para realizar um concurso público. O episódio, somado a outras irregularidades, motivou o afastamento imediato da OS. O Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ) assumiu a gestão emergencialmente, com aval do Ministério Público de Goiás (MPGO).
O prefeito Márcio Corrêa (PL) reforçou que a fiscalização sobre organizações sociais será mais rigorosa. Segundo ele, unidades como a UPA Central e o Hospital Municipal Georges Hajjar serão entregues com infraestrutura adequada para garantir um atendimento de qualidade. “Não vamos tolerar descaso ou serviço malfeito”, afirmou.
Para responsabilizar possíveis falhas da gestão anterior, a Prefeitura anunciou a criação de um canal para denúncias. O objetivo é reunir relatos de negligência e formalizar uma representação junto ao MPGO. “Quem errou, tem que responder”, declarou Márcio Corrêa.