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Ministério da Saúde fecha acordo para compra do Zolgensma

Tratamento da AME terá pagamento condicionado ao resultado da terapia


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 23/03/2025 - 11:03

Ministério da Saúde adota estratégia inédita para viabilizar a compra do Zolgensma, tratamento para AME tipo 1. Foto: Divulgação / Novartis

O Ministério da Saúde adotou uma estratégia inédita para garantir a compra do medicamento Zolgensma, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1. O remédio, um dos mais caros do mundo, custa cerca de R$ 7 milhões. Para viabilizar a aquisição, a pasta firmou um acordo de compartilhamento de risco com a fabricante Novartis na última quinta-feira (20).

Desde já, o modelo adotado estabelece que o pagamento só acontecerá se a terapia demonstrar eficácia no paciente. Para isso, uma equipe especializada acompanhará cada caso. “Pela primeira vez, o Sistema Único de Saúde vai oferecer essa terapia gênica inovadora para o tratamento dessas crianças. Com isso, o Brasil passa a fazer parte dos seis países que garantem essa medicação no sistema público. Esse acordo inédito vai transformar a vida dessas famílias”, afirmou o chefe do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha.

O Zolgensma trata crianças de até 6 meses que não usam ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. O medicamento, uma infusão de dose única, entrou no SUS em dezembro de 2022, após aprovação da Conitec e consulta pública. Dessa forma, essa terapia representa um grande avanço no tratamento da AME tipo 1.

A AME não tem cura, mas as terapias disponíveis ajudam a controlar a progressão da doença. Antes da incorporação de novas tecnologias pelo SUS, crianças com AME tipo 1 tinham alta probabilidade de morte antes dos 2 anos. Agora, com o Zolgensma disponível, o sistema de saúde oferece todas as terapias modificadoras da doença. Isso significa que os pacientes podem ter avanços motores, como engolir, mastigar e sustentar o tronco sem apoio.

Por outro lado, a estratégia de compartilhamento de risco não apenas facilita a aquisição de medicamentos de alto custo, mas também garante economia e sustentabilidade ao SUS. Além disso, essa abordagem permite ampliar o acesso a tratamentos inovadores e reduzir o impacto financeiro no sistema público. Dessa maneira, o Brasil reforça sua capacidade de incorporar terapias de alta complexidade. Acima de tudo, essa iniciativa demonstra o compromisso do SUS em oferecer soluções eficazes para doenças raras. Assim, o país avança na adoção de estratégias modernas para tornar tratamentos acessíveis.