Após a Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis, deflagrar nesta sexta-feira (16) a Operação Máscara Digital, que prendeu o secretário de comunicação de Anápolis, órgãos do município se posicionaram sobre o ocorrido. A ação cumpriu dez ordens judiciais e prendeu temporariamente três pessoas acusadas de integrar uma associação criminosa que utilizava perfis falsos em redes sociais para cometer crimes contra a honra, com o objetivo de atacar reputações e perseguir indivíduos.
Entre os detidos estão o secretário de Comunicação de Anápolis, Luís Gustavo Souza Rocha; o diretor de operações do Portal 6, Denilson da Silva Boaventura; e a influenciadora digital Ellysama Aires Lopes de Almeida. O trio é suspeito de administrar os perfis “@anapolisnaroda”, “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”, que acumulavam milhares de seguidores e já haviam sido alvo de diversas denúncias.
A investigação teve início após o registro de um boletim de ocorrência de uma vítima que relatou perseguição e difamação por meio dessas páginas. Segundo a Polícia Civil, outros registros semelhantes reforçaram os indícios de que os mesmos perfis eram usados sistematicamente para praticar crimes como injúria, difamação, stalking, falsa identidade e associação criminosa — previstos nos artigos 139, 140, 147-A, 288 e 307 do Código Penal.
Foram também cumpridos mandados de busca e apreensão de celulares e computadores, além da quebra de sigilo de dados. A Justiça autorizou as medidas cautelares com base na gravidade dos fatos e na necessidade de aprofundar a apuração.
Confira as notas oficiais enviadas até o momento
O advogado de Denilson Boaventura, Régis Davidson, informou:
“Ainda não tivemos acesso à totalidade dos autos, somente após isso iremos nos manifestar sobre o teor e objeto da investigação. Reiteramos o compromisso de colaborar plenamente com as investigações e permanecer à disposição da autoridade policial e da Justiça.”
A Câmara Municipal de Anápolis também se pronunciou:
“Estamos acompanhando os desdobramentos da operação e aguardamos mais detalhes para quaisquer medidas que se fizerem necessárias. Confiamos nas autoridades policiais e no devido processo legal.”
O Portal 6, onde Boaventura atua como diretor de operações, divulgou nota afirmando que a empresa “nada tem a ver com a situação” e que continuará acompanhando o caso e divulgando todas as informações tornadas públicas pelas autoridades. Ressaltou ainda que o veículo completa 10 anos de atuação em 2025.
A Prefeitura de Anápolis afirmou que só tomou conhecimento dos fatos juntamente com a população e que aguardará o andamento da investigação para adotar eventuais providências.