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Veja o que se sabe sobre prisão do secretário de Comunicação de Anápolis e diretor de portal de notícias

Operação da Polícia Civil aponta associação criminosa por trás de perfis falsos usados para atacar reputações em redes sociais


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 16/05/2025 - 14:57

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A Operação Máscara Digital foi deflagrada nesta sexta-feira (16). (Foto: Divulgação/PCGO)

Após a Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Anápolis, deflagrar nesta sexta-feira (16) a Operação Máscara Digital, que prendeu o secretário de comunicação de Anápolis, órgãos do município se posicionaram sobre o ocorrido. A ação cumpriu dez ordens judiciais e prendeu temporariamente três pessoas acusadas de integrar uma associação criminosa que utilizava perfis falsos em redes sociais para cometer crimes contra a honra, com o objetivo de atacar reputações e perseguir indivíduos.

Entre os detidos estão o secretário de Comunicação de Anápolis, Luís Gustavo Souza Rocha; o diretor de operações do Portal 6, Denilson da Silva Boaventura; e a influenciadora digital Ellysama Aires Lopes de Almeida. O trio é suspeito de administrar os perfis “@anapolisnaroda”, “@anapolisnaroda2” e “@anapolisnaroda3”, que acumulavam milhares de seguidores e já haviam sido alvo de diversas denúncias.

A investigação teve início após o registro de um boletim de ocorrência de uma vítima que relatou perseguição e difamação por meio dessas páginas. Segundo a Polícia Civil, outros registros semelhantes reforçaram os indícios de que os mesmos perfis eram usados sistematicamente para praticar crimes como injúria, difamação, stalking, falsa identidade e associação criminosa — previstos nos artigos 139, 140, 147-A, 288 e 307 do Código Penal.

Foram também cumpridos mandados de busca e apreensão de celulares e computadores, além da quebra de sigilo de dados. A Justiça autorizou as medidas cautelares com base na gravidade dos fatos e na necessidade de aprofundar a apuração.

Confira as notas oficiais enviadas até o momento

O advogado de Denilson Boaventura, Régis Davidson, informou:
“Ainda não tivemos acesso à totalidade dos autos, somente após isso iremos nos manifestar sobre o teor e objeto da investigação. Reiteramos o compromisso de colaborar plenamente com as investigações e permanecer à disposição da autoridade policial e da Justiça.”

A Câmara Municipal de Anápolis também se pronunciou:
“Estamos acompanhando os desdobramentos da operação e aguardamos mais detalhes para quaisquer medidas que se fizerem necessárias. Confiamos nas autoridades policiais e no devido processo legal.”

O Portal 6, onde Boaventura atua como diretor de operações, divulgou nota afirmando que a empresa “nada tem a ver com a situação” e que continuará acompanhando o caso e divulgando todas as informações tornadas públicas pelas autoridades. Ressaltou ainda que o veículo completa 10 anos de atuação em 2025.

A Prefeitura de Anápolis afirmou que só tomou conhecimento dos fatos juntamente com a população e que aguardará o andamento da investigação para adotar eventuais providências.