A prisão do estelionatário Marcos Alexandre Santos Sussi pela Polícia Civil de Pernambuco aconteceu no dia 20 de maio, na cidade de Santa Maria da Boa Vista, mas caso que envolve segurança digital e uso indevido de dados pessoais ainda parece longe de acabar. Conhecido por aplicar uma série de golpes utilizando identidades falsas, o criminoso é acusado de estelionato, lesão corporal, roubo e estupro de vulnerável e, uma das identidades usadas por ele foi a do piloto anapolino Filipe Micael Silva, de 27 anos, que desde 2022 tenta comprovar na Justiça que foi vítima de fraude.
Filipe teve suas contas bancárias bloqueadas, sofreu penhora judicial de mais de R$ 60 mil e enfrenta restrições financeiras severas. Segundo seu advogado, João Victor Salgado, já foi feito um pedido formal à Justiça para a liberação dos recursos e o reconhecimento de que o piloto não tem ligação com os crimes. “Com a prisão do verdadeiro autor, o próximo passo é limpar o nome do Filipe e encerrar as ações injustamente movidas contra ele”, afirmou.
As investigações ainda buscam esclarecer como os dados pessoais do piloto foram obtidos. Há suspeita de que o vazamento tenha ocorrido em uma escola de aviação e, posteriormente, em plataformas digitais. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a origem da exposição das informações.
O caso também levanta preocupações sobre o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para o advogado, é urgente que instituições reforcem a segurança de sistemas e que usuários evitem compartilhar dados sensíveis sem necessidade. Enquanto isso, Filipe segue aguardando decisões judiciais e tentando recuperar sua rotina após dois anos de prejuízos e incertezas.