Brian Johnson, conhecido mundialmente como “Liver King”, ficou famoso por divulgar um estilo de vida “ancestral” centrado no consumo de carne crua, órgãos de animais e hábitos inspirados em sociedades primitivas. Sua filosofia exaltava práticas como comer testículos de boi, dormir no chão e viver “sem tecnologia”, supostamente para recuperar a saúde e a força do homem moderno. Ele defendia que esses hábitos eram seguidos por toda sua família, incluindo os filhos adolescentes, que apareceram em vídeos consumindo alimentos crus e evitando celulares.
Johnson transformou essa imagem em um negócio milionário: criou a marca Ancestral Supplements para vender produtos derivados de fígado e órgãos, ganhando milhares de seguidores e faturando alto com o marketing agressivo. Mas a fama começou a ruir em 2022, quando documentos vazados revelaram que, apesar do discurso “natural”, ele usava esteroides sintéticos para manter o físico impressionante. Após anos negando, admitiu o uso, pediu desculpas e perdeu grande parte dos patrocinadores e seguidores, sendo acusado de fraude.
A polêmica ganhou novo capítulo recentemente, quando Brian foi preso por ameaçar publicamente o podcaster Joe Rogan. Ele viajou até a cidade de Rogan e foi detido em um hotel, sendo posteriormente liberado sob medidas restritivas e acompanhamento psiquiátrico. Hoje, mesmo com vídeos tentando mostrar uma rotina mais “autêntica”, o Liver King segue sendo alvo de críticas e zombarias, e luta para recuperar credibilidade em meio à queda de popularidade. O caso expõe os limites perigosos do culto a influenciadores que vendem dietas extremas — como a de carne crua — sem respaldo científico, e o impacto de personalidades online que lucram com narrativas construídas sobre mentiras.