Por Redação Tribuna do Planalto em 08/07/2025 - 16:43
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou a aliados em Lisboa que não pretende disputar a Presidência da República em 2026, mesmo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insista pessoalmente em indicá-lo. Em meio às especulações divulgadas pela CNN, e que cresceram nas últimas semanas, Tarcísio foi categórico ao negar planos presidenciais, ressaltando que boatos sobre articulações nacionais são “inverídicos” e surgem por interesses políticos ou pessoais de quem os divulga.
Ainda de acordo com a CNN Brasil, Tarcísio também manifestou incômodo com a ideia de abandonar o mandato estadual antes do prazo. Como militar de formação, disse ter compromisso com o governo paulista até o fim e argumentou que uma renúncia em abril de 2026, para se habilitar à disputa presidencial, inviabilizaria entregas importantes previstas, inclusive para um eventual segundo mandato. Além disso, o governador demonstrou apostar em uma saída política conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permita a restituição dos direitos políticos de Bolsonaro, considerado por ele a melhor forma de evitar tensões sociais e pedidos de impeachment contra ministros do STF em uma próxima legislatura.
Em contraste e mesmo com possível abertura maior, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse abertamente que não há problemas que a direita tenha múltiplos representantes no primeiro turno de 2026. Em evento realizado no Allianz Parque, em São Paulo, na última semana, Caiado declarou ver como algo positivo a multiplicidade de pré-candidatos.
“Se realmente vamos ter um processo em 2026, vamos ter vários pré-candidatos, não só eu e o Tarcísio”, disse. Caiado lançou sua própria pré-candidatura em abril e vem defendendo que nomes como Eduardo Leite (PSD-RS) e Ratinho Junior (PSD-PR) também entrem no páreo, criando um leque de opções em um cenário sem Bolsonaro — inelegível até 2030 por decisão do TSE.
“Acho importante todos nós sairmos no primeiro turno, para no segundo nos unirmos para vencer a eleição”, concluiu Caiado, sinalizando um caminho de articulação à direita em busca de unidade posterior.
