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Acesso ao lixo que desmoronou no lixão de Padre Bernardo é concluído após desastre ambiental

Com toneladas de resíduos no córrego Santa Bárbara, TAC pode ser assinado nesta sexta-feira para garantir ações de contenção


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 11/07/2025 - 10:10

Foto: Divulgação/Semad
Remoção do lixo começa nos próximos dias após conclusão do acesso e avanço nas barreiras de contenção no lixão de Padre Bernardo. Foto: Divulgação/Semad
https://www.instagram.com/prefeituradeanapolis?igsh=MWozb2Jnb3ZzYjAyMA==

A força-tarefa montada no lixão de Padre Bernardo concluiu nesta quinta-feira (10) a abertura do acesso à pilha de lixo que desmoronou sobre o córrego Santa Bárbara. O colapso ambiental, ocorrido no dia 18 de junho, despejou toneladas de resíduos em área de preservação, afetando agricultores da região. Caminhões já podem iniciar a remoção do material acumulado.

A barreira de contenção à jusante também foi finalizada, enquanto o barramento a montante continua em execução. Como o terreno é acidentado, a terra mais argilosa está sendo extraída do próprio local para garantir maior sustentação das estruturas. Técnicos ainda buscam minimizar a contaminação do curso d’água, usando motobombas para desviar o fluxo do córrego e preservar o abastecimento dos moradores.

A estratégia inclui depositar os resíduos em duas células vazias da propriedade: uma destinada ao lixo sólido e outra ao chorume, que será armazenado com manta impermeável já adquirida pela empresa. Com o avanço da operação, drones aplicam inseticida a cada três dias para conter a proliferação de moscas, que incomodam as famílias vizinhas.

Em reunião com a comunidade nesta quinta (10), o gerente de Emergências Ambientais da Semad, Sayro Reis, ouviu queixas sobre o impacto do lixão de Padre Bernardo na rotina dos moradores e recebeu pedidos para que a população participe mais ativamente das decisões. Representantes do ICMBio e da prefeitura também participaram do encontro.

A expectativa para esta sexta-feira (11) é a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Estado e a empresa Ouro Verde, responsável pela operação do lixão. O acordo deve fixar prazos e medidas de mitigação dos danos ambientais. Caso não ocorra, a Semad pode intervir diretamente na execução das ações de emergência.

O lixão de Padre Bernardo operava sem licença ambiental em área de preservação permanente, segundo o Ministério Público de Goiás. A Semad aplicou multa de R$ 37,5 milhões à empresa, e o local foi interditado. A situação evidencia os riscos da gestão irregular de resíduos sólidos e pressiona o poder público por mais fiscalização e soluções definitivas.

https://www.instagram.com/prefeituradeanapolis?igsh=MWozb2Jnb3ZzYjAyMA==