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Aurora EADI denuncia proposta de propina para liberação de alvará em Anápolis

Representante da empresa afirma que emissário pediu R$ 7 milhões em nome do prefeito Márcio Corrêa; Prefeitura e Receita Federal não responderam aos questionamentos da reportagem


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 21/05/2025 - 13:42

Aurora Eadi Anápolis
Carlos Heinrich Andrade, representante da empresa Aurora EADI em Goiás à direita. (Imagem: reprodução/Youtube)

O advogado Carlos Heinrich Andrade, representante da empresa Aurora EADI em Goiás, fez uma grave denúncia envolvendo a tentativa de extorsão por parte de um suposto emissário ligado ao prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL). Segundo o relato, exposto durante entrevista ao programa Painel DM, o emissário teria solicitado o pagamento de R$ 7 milhões como condição para a liberação do alvará de funcionamento da empresa no município.

De acordo com o advogado, o interlocutor se apresentou como autorizado a falar em nome do prefeito e chegou a oferecer provas em áudio que comprovariam a veracidade da proposta. A exigência, segundo Heinrich, vinha acompanhada de um ultimato: sem o pagamento da quantia, a empresa não conseguiria viabilizar sua operação por meio dos trâmites regulares.

A Aurora EADI venceu uma licitação federal em 2018 e concluiu sua estrutura logística no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) em 2024, após investir cerca de R$ 115 milhões no projeto. Ainda assim, a empresa afirma que vem enfrentando sucessivos obstáculos por parte da gestão municipal, inclusive com o envio de sua documentação ao Ministério Público sob alegações de irregularidades.

A reportagem procurou a Prefeitura de Anápolis, questionando se tem conhecimento da denúncia, como responde às acusações e se haverá apuração interna sobre o caso. Até o fechamento desta matéria, não houve resposta. Também foi encaminhado pedido à Receita Federal solicitando informações sobre o andamento do contrato com a Aurora EADI para a operação do serviço alfandegário no Porto Seco de Anápolis. O órgão também não retornou até a publicação.

O espaço segue aberto para manifestações tanto da Prefeitura quanto da Receita Federal.

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