Skip to content

BNDES impulsiona 2,3 milhões de empregos com apoio do FAT

Relatório do BNDES mostra que maioria das vagas foi viabilizada por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, com destaque para micro, pequenas e médias empresas e os setores da indústria e infraestrutura


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 01/05/2025 - 13:03

Relatório inédito destaca crescimento nas áreas de indústria, infraestrutura e apoio a pequenas empresas. Foto: Agência Gov | Via BNDES

O emprego foi a principal entrega do BNDES em 2023, com impacto direto em 2,3 milhões de postos de trabalho no país. O número aparece na primeira edição do Relatório Anual de Emprego da instituição, que será lançado ainda no primeiro semestre de 2025. Do total, cerca de 2 milhões de vagas foram viabilizadas por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de recursos do banco.

O levantamento considera os empregos formais gerados nas empresas apoiadas diretamente pelo BNDES e em suas cadeias de fornecimento. Além disso, o relatório aponta que 1,6 milhão de empregos foram criados diretamente nas empresas beneficiadas, sendo 1,3 milhão com recursos do FAT. O restante se refere ao impacto indireto em setores que fornecem produtos ou serviços às companhias atendidas.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o emprego é o objetivo central da política de investimentos do banco. “O FAT foi criado para gerar emprego. Esse é seu principal produto. Sob a orientação do presidente Lula, o BNDES virou um motor de geração de emprego com carteira assinada e direitos garantidos, especialmente nas micro, pequenas e médias empresas”, declarou. Mercadante ainda destacou que um terço das vagas surgiu justamente nesse segmento, que movimenta a base da economia nacional.

Além disso, o BNDES ampliou sua presença em setores estratégicos. Em 2023, 34% dos empregos gerados com apoio do banco estavam concentrados na indústria – um avanço em relação aos 26% registrados em 2019. Já na infraestrutura, o salto foi ainda maior: de 10% para 18% no mesmo período. Os dados também mostram que cerca de 20% dos postos de trabalho estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, promovendo mais equilíbrio no desenvolvimento regional.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, também celebrou os resultados. Para ele, o FAT se consolidou como instrumento fundamental da política industrial do governo. “O FAT é estratégico para financiar o investimento produtivo e acelerar o desenvolvimento nacional”, afirmou. Outro ponto relevante do relatório é que a cadeia de fornecimento dos empreendimentos gerou mais de 700 mil empregos, dos quais 620 mil também foram apoiados por recursos do FAT.

Os setores de construção civil e de máquinas e equipamentos se destacaram: juntos, responderam por mais de 250 mil novas vagas. Os dados do relatório utilizam como base as informações do RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) e um modelo insumo-produto para estimar o impacto nas cadeias de fornecimento.

A expectativa é que os dados sirvam para fortalecer a transparência e orientar novas políticas de crédito voltadas à geração de empregos. O BNDES reforça, com isso, seu papel não apenas como banco de fomento, mas como indutor ativo da inclusão produtiva e da retomada econômica.