O Ministério da Saúde declarou situação de urgência em saúde pública no Brasil. A medida, publicada na Portaria GM/MS nº 7.061, vale por dois anos e permite ações imediatas para acelerar o atendimento no SUS. Então, o programa Agora Tem Especialistas entra em vigor com a meta de reduzir o tempo de espera por cirurgias, consultas e exames, como os de câncer.
Acima de tudo, a medida responde a um cenário crítico: atrasos no diagnóstico causam 370 mil mortes por ano no país. Além disso, o tempo de espera compromete a eficácia dos tratamentos, especialmente para doenças como o câncer. A portaria prioriza áreas como oncologia, cardiologia, ortopedia e oftalmologia, além de ampliar cirurgias como as de hérnia e neurocirurgia.
Para isso, clínicas privadas, hospitais filantrópicos e a própria rede pública serão mobilizados. A expectativa é ampliar em até 30% os atendimentos em policlínicas, UPAs e ambulatórios. Desde já, o governo prevê mutirões, expansão dos turnos de atendimento e uso da telessaúde para reduzir filas. Com isso, o acesso ao diagnóstico será mais rápido e eficiente.
Outra ação prevista é a entrega de carretas especializadas com estrutura para exames e pequenas cirurgias. Serão 150 unidades, que atenderão regiões remotas e territórios indígenas. O programa também inclui transporte para pacientes, com a compra de 6.300 veículos, e a criação do Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer, com capacidade para emitir até mil laudos por dia.
Com o foco em saúde pública, o governo quer consolidar a maior rede de tratamento oncológico do SUS. A estratégia inclui formação de novos especialistas, além do uso do aplicativo Meu SUS Digital, que vai enviar mensagens sobre agendamentos. Porque doença não espera, o objetivo é garantir que a população receba atendimento com dignidade e rapidez.