O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu, por unanimidade, reverter a condenação que tornava o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos. A corte avaliou que, apesar de reconhecer condutas irregulares durante a campanha de 2024 em Goiânia, não houve gravidade suficiente para justificar a punição máxima. Assim, Caiado volta a ser elegível e poderá disputar novos cargos, inclusive a Presidência da República, como já sinalizou publicamente.
A decisão foi tomada após o julgamento de recurso protocolado na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida por Fred Rodrigues (PL), que acusava Caiado de usar a sede do governo para beneficiar politicamente o aliado Sandro Mabel. O Ministério Público Eleitoral (MPE) considerou que houve uso indevido do Palácio das Esmeraldas, mas classificou como excessiva a cassação de direitos políticos. Então, os desembargadores decidiram aplicar multa aos envolvidos: R$ 60 mil para Caiado, R$ 40 mil para Mabel e R$ 5,3 mil para a vice-prefeita Cláudia Lira.
Além disso, o presidente do TRE-GO, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, afirmou que a punição anterior era “descabida” e devolveu o caso ao “devido trilho jurídico”. O governador sempre negou ter feito encontros eleitorais no Palácio, e afirmou que os jantares realizados ali tinham como foco a crise na saúde da capital. Desde já, ele volta ao jogo político com força total. Acima de tudo, a decisão favorece seu projeto político nacional. Caiado volta a ser elegível justamente em um momento em que se apresenta como possível nome à corrida presidencial de 2026.
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