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Clínica de reabilitação em Anápolis é interditada após denúncias de condições degradantes; imagens fortes

A clínica divulgava pela internet imagens de estrutura atrativa, com piscina e quartos confortáveis, o que contrastava com a realidade


Avatar Por Carlos Nathan em 12/06/2025 - 15:09

Clínica de reabilitação em Anápolis é interditada após denúncias de condições degradantes; imagens fortes
Unidade na zona rural operava sem alvará, com pacientes em surto de sarna, sem acompanhamento profissional e sob risco à saúde pública. (Fotos: Reprodução)

Uma clínica de reabilitação localizada na zona rural de Anápolis foi interditada nesta quarta-feira (11), após uma ação conjunta coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da equipe da Vigilância Sanitária, com apoio de diversas forças de segurança e órgãos de fiscalização. A operação foi deflagrada após denúncias sobre o funcionamento irregular da unidade e as condições precárias a que estavam submetidos os internos.

Durante a vistoria, foram identificadas graves irregularidades, como a falta de alvará sanitário, licenças municipais e projeto arquitetônico aprovado. A unidade também não possuía CNPJ registrado, protocolos de tratamento ou prontuários com evolução dos pacientes. Pior ainda, não havia profissionais legalmente habilitados para atuar no local, como médicos, psicólogos e enfermeiros.

Segundo a Diretoria de Assistência à Saúde, 64 pessoas estavam internadas no espaço em condições insalubres e enfrentando surto de sarna. Muitos dos internos apresentavam deficiências intelectuais e sequer sabiam dizer o próprio nome. A identificação foi possível apenas por meio de coleta de digitais realizada pela Polícia Técnico-Científica.

A clínica divulgava pela internet imagens de estrutura atrativa, com piscina e quartos confortáveis, o que contrastava com a realidade: quartos superlotados, camas insuficientes, banheiros deteriorados e medicamentos ministrados sem prescrição médica. Também foram constatadas irregularidades na cozinha, lavanderia, ambulatório, além de roupas espalhadas e pertences pessoais retidos.

Diante da gravidade, a Vigilância Sanitária lavrou auto de infração, determinou a interdição cautelar da unidade e apreendeu os medicamentos irregulares. Os internos foram retirados do local, sendo realocados para unidades adequadas ou entregues às famílias. A ação envolveu equipes da 6ª DDP, 3ª DRP, Polícia Militar, Polícia Técnico-Científica, além de representantes do CREMEGO, CRP, COREN, MPGO, CREAS e CAPS.

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