A influenciadora Virgínia Fonseca está no centro das atenções após a senadora Soraya Thronicke, relatora da CPI das BETs sugerir seu indiciamento por crimes como estelionato e publicidade enganosa. O relatório apresentado nesta terça-feira (10) acusa Virgínia de induzir seguidores ao erro ao promover sites de apostas com simulações irreais de ganhos.
Segundo o parecer, os vídeos publicados por Virgínia criavam a falsa impressão de lucros garantidos. Então, para a senadora, o conteúdo ultrapassa os limites da propaganda comum, pois explora a confiança do público nas redes sociais. A CPI, porém, ainda precisa votar o relatório antes que qualquer medida legal seja adotada.
Além disso, a defesa de Virgínia já se posicionou. Em nota, o advogado Michel Saliba declarou surpresa com o pedido de indiciamento. Ele ressaltou o respeito demonstrado pela influenciadora ao longo da CPI e afirmou confiar no julgamento dos senadores que compõem a comissão.
Vale destacar que o relatório da CPI também cita outras figuras públicas e empresários envolvidos com sites de apostas. No caso de Virgínia, o documento alega que a divulgação de jogos simulados gerou expectativa de ganhos irreais, o que configuraria engano intencional.
O caso de Virgínia expõe o impacto da atuação de influenciadores digitais no mercado de apostas. A decisão final ainda depende da votação dos membros da CPI. Mas o episódio levanta um alerta sobre o uso da imagem nas redes para promover produtos com riscos ocultos.
A relatora reforça que a influência exercida por personalidades digitais como Virgínia vai além da publicidade tradicional, justamente por se basear na confiança do público. Por isso, segundo Soraya, o impacto dessas ações pode ser ainda mais nocivo, especialmente entre jovens e pessoas vulneráveis financeiramente. O relatório também destaca que as plataformas divulgadas não tinham autorização regularizada para operar no país.