Durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás, parlamentares voltaram a cobrar o retorno de 2% da receita estadual para o orçamento Universidade Estadual de Goiás (UEG), como previa a Constituição do Estado até 2019. A discussão aconteceu durante a apresentação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, com a presença do secretário da Economia, Francisco Sérvulo Freire Nogueira.
Hoje, a Universidade Estadual de Goiás recebe cerca de R$ 430 milhões, o que representa pouco mais de 1% da receita corrente líquida do Estado, atualmente estimada em R$ 47 bilhões. Se respeitado o percentual anterior, o repasse ultrapassaria R$ 800 milhões. Então, com mais autonomia financeira, a instituição poderia avançar na valorização dos servidores técnico-administrativos, por meio do Plano de Carreira e Remunerações (PCR).
Além disso, há críticas à vinculação da UEG a secretarias como Administração e Economia, que têm dificultado decisões internas. A proposta é garantir autonomia plena para que a universidade possa gerir seus próprios recursos, priorizando investimentos e políticas voltadas à qualificação acadêmica e ao corpo técnico.
Em 2023, a Alego aprovou reajustes salariais para mestres, doutores e pós-doutores da universidade. Mas os servidores técnico-administrativos ainda aguardam definição sobre seus direitos. Por isso, o debate sobre o orçamento UEG segue como tema central entre as demandas por uma educação pública superior mais forte e independente em Goiás.