Skip to content

Estudo revela como exercícios reduzem mortes por câncer em até 37%

Estudo internacional mostra que pacientes com câncer colorretal vivem mais quando seguem rotina regular de exercícios após tratamento


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 03/06/2025 - 17:56

Prática também melhora o humor e a força dos pacientes. Foto: GettyImages

Um novo estudo internacional reforça a ligação direta entre câncer e exercício físico. De acordo com os dados, pacientes com câncer colorretal que praticaram atividades físicas regulares reduziram em até 37% o risco de morte, em comparação com quem apenas recebeu orientações básicas de estilo de vida. Desde já, especialistas apontam que a prática pode mudar os rumos do tratamento oncológico no mundo todo.

A pesquisa acompanhou 889 pacientes durante oito anos. Então, metade deles participou de um programa de exercícios com treinos semanais — de caminhada a dança — iniciados logo após a quimioterapia. Já o outro grupo recebeu apenas folhetos informativos. Acima de tudo, os resultados impressionam: 80% dos que se exercitaram permaneceram livres do câncer após cinco anos, contra 74% no grupo que não participou das atividades.

Além disso, a taxa de mortalidade foi significativamente menor. Apenas 10% dos pacientes ativos morreram, ante 17% entre os que não fizeram o programa. A diferença representa uma redução de 28% no risco de recidiva e de 37% na mortalidade, reforçando que câncer e exercício físico devem caminhar juntos no enfrentamento da doença.

Embora o motivo exato desse impacto positivo ainda não seja totalmente compreendido, pesquisadores acreditam que os exercícios influenciam na imunidade, na inflamação e nos hormônios que regulam o crescimento celular. Para o pesquisador Joe Henson, da Universidade de Leicester, os efeitos são visíveis: “Reduzem fadiga, melhoram o humor e aumentam a força”, afirma.

No Brasil, o câncer colorretal é o quarto mais comum, com cerca de 45,6 mil novos casos por ano. A enfermeira Caroline Geraghty, da Cancer Research UK, afirma que o estudo tem o potencial de transformar a prática clínica. Mas, para isso, ela alerta: é preciso investimento para garantir que os programas de exercícios sejam acessíveis a todos os pacientes.