Por Redação Tribuna do Planalto em 27/05/2025 - 15:30
Anápolis se destaca como o município do interior de Goiás com o maior déficit habitacional, segundo levantamento do Instituto Mauro Borges com base nos dados do CadÚnico. Em 2023, a cidade contabilizou 11.065 famílias vivendo sem moradia adequada. O número coloca Anápolis atrás apenas da capital, Goiânia, que lidera o ranking estadual com 41.900 famílias. Aparecida de Goiânia aparece em terceiro, com 10.426.
Entre os critérios que caracterizam o déficit habitacional estão moradias improvisadas ou precárias, coabitação forçada, excesso de pessoas por cômodo e famílias que comprometem mais de 30% da renda com aluguel. Em todo o estado, mais de 212 mil famílias vivem nessas condições, um aumento de quase 11 mil em relação a 2022.
Em Anápolis, o problema se agravou nos últimos cinco anos. De 6.768 famílias com moradia inadequada em 2018, o número saltou para mais de 11 mil. O crescimento está relacionado à expansão populacional e ao dinamismo econômico da cidade. Segundo o Censo de 2022, a população local chegou a 398.817 habitantes — um aumento de 19,18% em comparação a 2010. O índice é superior à média estadual, de 17,55%, e também supera o crescimento percentual da capital Goiânia, que foi de 10,39% no mesmo período.
Diante dessa realidade, o mercado imobiliário tem buscado formas de atender à crescente demanda por moradia adequada. A MRV, que atua em Anápolis há oito anos, já entregou mais de 1.600 unidades habitacionais e atualmente desenvolve dois empreendimentos: Arcos do Jardim, no bairro Lourdes, e Epic, no Jardim Europa. A empresa anunciou ainda o lançamento do Arcos do Planalto, no Setor Sul, próximo à Vila Formosa e à Área de Preservação Permanente (APP), com estrutura de lazer e financiamento facilitado pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo André Ramos, gestor da MRV em Goiás, o objetivo é lançar 3 mil unidades até 2028 e movimentar R$ 600 milhões em valor geral de vendas (VGV). O novo projeto oferecerá opções de financiamento de 100% do imóvel, com sinal simbólico de R$ 240, além de entrada parcelada diretamente com a construtora. A iniciativa busca tornar mais acessível o sonho da casa própria para milhares de famílias anapolinas.
Além de reduzir o déficit habitacional, os investimentos no setor imobiliário também têm impacto direto na economia local. A MRV estima que já gerou cerca de 3.900 empregos diretos e 5.200 indiretos em Anápolis. A cidade se consolida, assim, como uma das prioridades da empresa em Goiás para os próximos anos.
