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Ferrovia Norte-Sul, que passa por Anápolis, enfrenta invasões e irregularidades

Levantamento aponta 73 invasões e mais de 500 interferências em áreas próximas à ferrovia que cruza o país; risco à operação preocupa autoridades


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 10/06/2025 - 16:42

Ferrovia Norte-Sul, que passa por Anápolis, enfrenta invasões e irregularidades
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as concessionárias afirmaram que fiscalizam a área e adotam medidas preventivas. (Foto: Divulgação)

A Ferrovia Norte-Sul, que liga o Maranhão a São Paulo e passa por Anápolis, está enfrentando uma série de ocupações e interferências em seu traçado. Segundo dados divulgados pela Folha de S.Paulo, um levantamento fundiário realizado entre janeiro e maio de 2025 identificou 73 invasões e 541 interferências irregulares ao longo dos 2.250 quilômetros de extensão da ferrovia — uma das mais importantes do país para o escoamento de grãos, combustíveis e cargas gerais.

O chamado Tramo Central, que conecta Porto Nacional (TO) a Anápolis, é operado pela Rumo Logística e está entre os trechos analisados. As invasões envolvem casas, cercas, plantações e até criação de animais nas áreas desapropriadas para a construção da ferrovia, mas não utilizadas para os trilhos. Muitas dessas ocupações estão dentro da faixa de domínio, que tem 40 metros para cada lado da linha férrea.

Além das invasões, o relatório menciona a existência de redes elétricas, passagens improvisadas e estradas vicinais abertas sem autorização. A Infra S.A., responsável pela gestão fundiária, informou que o relatório final será entregue em junho e que, a partir disso, medidas administrativas e judiciais serão avaliadas.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as concessionárias afirmaram que fiscalizam a área e adotam medidas preventivas. Em nota, a VLI e a Rumo disseram que realizam rondas e notificações para evitar novos focos de ocupação, além de campanhas educativas nas comunidades locais. O relatório traz alerta sobre os riscos operacionais e de segurança ao longo da ferrovia, especialmente em regiões densamente povoadas como Anápolis, onde a proximidade entre a malha urbana e os trilhos exige maior vigilância e ação coordenada entre poderes públicos e concessionárias.

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