Welington Hipólito de Oliveira, de 51 anos, foi condenado a 27 anos e 6 meses de prisão por matar o próprio pai em uma violenta briga por herança. O crime, ocorrido em 7 de junho de 2024, em Porangatu, norte de Goiás, chocou a comunidade local e teve ampla repercussão devido à motivação brutal: o desejo de ficar com os bens do pai. A sentença foi proferida na quinta-feira (29) pelo juiz Vinícius de Castro Borges, após julgamento no tribunal do júri.
De acordo com o Ministério Público, Welington teria agido com extrema frieza, utilizando meios que dificultaram qualquer chance de defesa por parte da vítima, Lázaro Hipólito de Oliveira, de 81 anos. O crime foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, e a relação entre pai e filho foi descrita como conturbada, marcada por conflitos envolvendo patrimônio. A acusação destacou que Welington agrediu o pai fisicamente antes de atirar contra ele.
Além da pena de prisão, o condenado foi sentenciado ao pagamento de R$ 150 mil em indenização por danos morais aos familiares e também deverá arcar com os custos do processo. A defesa, representada pelo advogado Jean Rodrigo Nunes Leal, informou que irá recorrer da decisão, embora respeite o veredito dos jurados.
O crime aconteceu após Lázaro ter viajado do Piauí para visitar a ex-esposa doente. Ele se dirigiu à casa dela, mas sem conseguir contato, partiu para uma fazenda. Horas depois, ao retornar à cidade, encontrou seu carro vandalizado — com a antena arrancada e gasolina jogada no interior do veículo —, o que antecedeu a tragédia final.
A condenação por matar o próprio pai por herança revela o grau de frieza e violência envolvidos no caso, reforçando o alerta sobre os perigos de disputas familiares levadas ao extremo.
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