A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) confirmou o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em Goiás, registrado em aves de subsistência no município de Santo Antônio da Barra, na região Sudoeste do Estado. O laudo com resultado positivo foi divulgado na sexta-feira (13/06) pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A notificação inicial da suspeita foi feita no dia 9 de junho, com relatos da morte de cerca de 100 galinhas que apresentavam sintomas como apatia, dificuldade respiratória, diarreia, edema facial e secreção nasal. A partir dessa comunicação, a Agrodefesa enviou equipes técnicas para realizar a interdição das propriedades e coletar amostras, seguindo os protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, informou que a ocorrência não afeta o status sanitário do Brasil perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), uma vez que não envolve granjas comerciais. O comércio internacional de carnes e ovos, portanto, segue inalterado. Segundo ele, o consumo de produtos avícolas continua seguro, desde que os consumidores não tenham contato direto com aves doentes.
Como medida de contenção, a Agrodefesa instituiu um Grupo Especial de Emergência Zoossanitária, que está atuando com o apoio da Defesa Civil, forças de segurança e da prefeitura local. Entre as ações adotadas estão a vigilância no raio de dez quilômetros ao redor do foco, o monitoramento do trânsito de aves e derivados, além da suspensão temporária de feiras e exposições com aves vivas nas regiões afetadas.
A população deve ficar atenta a sinais clínicos em aves, como secreção nasal, inchaço em crista e barbela, perda de coordenação motora e alterações na produção de ovos. Em caso de suspeita, é fundamental acionar imediatamente os canais oficiais da Agrodefesa, como o WhatsApp (62) 98164-1128, para garantir uma resposta ágil e eficaz às ocorrências. A colaboração da sociedade é essencial para prevenir a disseminação da doença e proteger a cadeia produtiva da avicultura no Estado.