A morte do papa Francisco, confirmada nesta segunda-feira (21) pelo Vaticano, gerou uma onda global de comoção. Aos 88 anos, o pontífice argentino faleceu em Roma após quase 12 anos de papado. Diversos chefes de Estado, líderes religiosos e representantes de instituições internacionais prestaram homenagens e destacaram o legado do primeiro papa latino-americano da história.
Na Itália, país-sede do Vaticano, o presidente Sergio Mattarella afirmou que a notícia foi recebida com profunda tristeza e ressaltou a influência de Francisco na promoção da solidariedade, da paz e da dignidade humana. “Seu ensinamento recordou a mensagem evangélica, a solidariedade entre as pessoas, o dever de proximidade com os mais frágeis, a cooperação internacional e a paz na humanidade”, disse.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, destacou a relação próxima com o pontífice. “Pediu ao mundo a coragem de uma mudança de rota. Era capaz de reconciliar o que, aos olhos do homem, parecia irreconciliável”, escreveu.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou luto oficial de sete dias e classificou Francisco como uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”. Já o presidente da Argentina, Javier Milei, disse que, “apesar das diferenças”, conheceu a bondade e a sabedoria do pontífice, a quem se referiu como “um homem de fé”.
Na Europa, líderes também expressaram pesar. O presidente da França, Emmanuel Macron, lembrou do compromisso do papa com os mais pobres e com a natureza. “Que essa esperança possa crescer incessantemente além dele”, escreveu. O premiê espanhol Pedro Sánchez destacou o compromisso de Francisco com a paz e a justiça social, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que os ensinamentos do papa continuarão a inspirar o mundo.
Nos Estados Unidos, o vice-presidente JD Vance lembrou da última homilia do papa durante a pandemia e afirmou que seu coração está com os cristãos que o amavam. Na Ásia, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que Francisco será lembrado como “um farol de compaixão, humildade e coragem espiritual”.
No Oriente Médio, o presidente de Israel, Isaac Herzog, ressaltou a compaixão do pontífice e expressou esperança para que suas orações pela paz na região sejam atendidas. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, chamou Francisco de “amigo leal do povo palestino” e destacou sua visita a Belém e os gestos em favor do fim dos conflitos em Gaza.
Em nota, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lembrou das orações do papa pela paz no país e disse que ele soube aliviar o sofrimento com fé e esperança. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou a autoridade moral de Francisco e sua atuação como defensor dos valores do humanismo e da justiça.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, classificou Francisco como uma figura excepcional que se dedicou à paz e aos direitos dos povos. Já o líder turco, Tayyip Erdogan, afirmou que o papa foi um “estadista respeitado” que valorizou o diálogo inter-religioso e atuou diante de crises humanitárias.
Em sua última celebração pública, durante a missa de Páscoa no domingo (20), ele renovou os apelos por paz na Ucrânia e em Gaza. Um dia depois, o mundo começaria a se despedir daquele que será lembrado por sua fé firme, linguagem acessível e compromisso com os mais vulneráveis.