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Obra milionária do Anel Viário de Anápolis ainda emperra: veja por quê

Com previsão de entrega para junho de 2025, obra tem custo de R$ 31,5 milhões e é essencial para a mobilidade e o desenvolvimento da região


Dhayane Marques Por Dhayane Marques em 30/04/2025 - 09:24

egião. Foto: Reprodução

O Anel Viário de Anápolis continua no centro das atenções, especialmente após o novo requerimento apresentado pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT) na Assembleia Legislativa de Goiás. O parlamentar solicita que a Goinfra agilize as obras, que ainda não foram concluídas, apesar da previsão de entrega para junho de 2025. Desde já, o atraso tem causado frustração na população e prejuízos ao setor produtivo, principalmente no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A obra é considerada vital para destravar o tráfego urbano e garantir a expansão logística da cidade.

Além disso, o projeto do Anel Viário de Anápolis é avaliado em R$ 31,5 milhões e envolve a duplicação de pistas, drenagem, pavimentação e sinalização. Com trechos ligando o Daia à BR-153 e à Avenida JK, o trajeto contempla diversos bairros industriais e residenciais, como Munir Calixto, Idelfonso Limírio e Parque São Conrado. A relevância da obra é tanta que empresários da Associação dos Empresários do Daia (Assedaia) custearam parte do projeto técnico, que posteriormente foi executado pela Goinfra. Mas a lentidão tem gerado críticas e cobranças recorrentes por parte de autoridades e moradores.

O deputado Gomide lembra que, apesar de retomada anunciada em 2024, o avanço real foi mínimo. Segundo ele, o trecho final da obra tem apenas seis ou sete quilômetros e deveria estar em estágio avançado. A justificativa para a nova cobrança é clara: a lentidão gera acidentes, atrasos no transporte de cargas e impacto direto no crescimento econômico regional. Acima de tudo, o requerimento alerta para o risco de o projeto não ser entregue até 31 de dezembro, prazo final estabelecido no contrato com a empresa responsável.

Parte da explicação para o atraso está nas falhas estruturais acumuladas ao longo dos anos. Problemas como erosões, taludes instáveis e ausência de drenagem adequada exigiram ações emergenciais e comprometeram o cronograma. O Ministério Público de Goiás recomendou providências urgentes para evitar acidentes e danos ambientais, especialmente na área próxima ao Ribeirão Extrema. Máquinas da Goinfra chegaram a intervir em pontos críticos, com construção de galerias e manutenção corretiva. No entanto, os avanços seguem abaixo do esperado. Porque, mesmo com um investimento de R$ 31,5 milhões e sua importância estratégica para o transporte e a economia, o Anel Viário de Anápolis ainda está longe de cumprir o papel que a cidade espera: desafogar o trânsito, conectar regiões industriais e impulsionar o desenvolvimento local.

Obras começaram em 2022

As obras do Anel Viário de Anápolis começaram oficialmente em setembro de 2022, com a execução do trecho que liga o Daia à BR-153 e à Avenida JK. Desde então, o projeto foi expandido para outros trechos importantes, como a ligação da GO-222 aos bairros Calixtópolis e Copacabana, iniciada em agosto de 2023, e o segmento que conecta a GO-437 à BR-060, iniciado no mesmo mês. Com previsão de entrega para junho de 2025, a obra ainda está longe da conclusão total, apesar dos esforços anunciados pela Goinfra.

O investimento total na estrutura é de R$ 31,5 milhões, contemplando duplicação de pistas, drenagem, galerias pluviais, sinalização e melhorias na malha viária. Além disso, a expectativa é que o anel contribua com a logística regional e facilite o escoamento da produção. A iniciativa recebeu apoio direto da Assedaia, que doou o projeto inicial após anos de paralisações. A Goinfra contratou empresas especializadas para elaborar o projeto executivo, ao custo de R$ 260 mil. Apesar da retomada das obras, o cronograma segue irregular. Acima de tudo, problemas estruturais exigiram intervenções urgentes, como correções em taludes, drenagem e contenção de erosões — principalmente nas áreas próximas ao Ribeirão Extrema, onde há risco ambiental.

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Dhayane Marques

Dhayane Marques é jornalista formada pela PUC-GO. Atualmente é Diretora de Programas da TV Pai Eterno e colaboradora no jornal Tribuna do Planalto, nas editorias de cidades, educação, economia e diversão e arte.