Uma pesquisa inédita sobre a biodiversidade de fungos no Cerrado e no Pantanal promete transformar a ciência e a economia do Centro-Oeste. Financiado pelo Governo de Goiás, por meio da Fapeg, e pela Capes, o projeto conecta 18 instituições nacionais e internacionais em torno de um objetivo comum: mapear espécies de fungos e impulsionar o manejo sustentável desses ecossistemas. Acima de tudo, a iniciativa aposta na bioeconomia como caminho para o desenvolvimento regional.
Segundo a coordenadora do projeto, Célia Soares, da UFG, os fungos têm enorme potencial biotecnológico e são fundamentais para a vida na Terra. Por isso, entender a biodiversidade desses organismos pode gerar soluções em diversas áreas, como medicina, agricultura e indústria. Além disso, os dados coletados alimentarão um inventário robusto, essencial para orientar políticas públicas e ações de conservação ambiental. Desde já, a expectativa é que os resultados tragam impacto direto na economia e na saúde.
O projeto já está em andamento com coletas em Goiás e Mato Grosso do Sul. Mas os benefícios vão além do conhecimento científico: haverá também capacitação de profissionais e fortalecimento dos programas de pós-graduação. Então, essa pesquisa se consolida como um marco na integração entre ciência, inovação e sustentabilidade. A biodiversidade de fungos no Cerrado será, enfim, uma chave para o futuro da biotecnologia no Brasil.