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PF investiga ameaças contra chefe do Iphan em Pirenópolis

Servidora denunciou ameaças de morte após fiscalizar intervenções não autorizadas em casarões tombados


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 22/05/2025 - 18:00

Casarões foram alterados sem autorização do instituto. Foto: Divulgação Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) investiga ameaças de morte feitas contra a chefe do escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pirenópolis, a 63 km de Anápolis. A servidora Eliza Borges de Castro denunciou dois proprietários de casarões históricos que teriam a intimidado após ações de fiscalização e embargo de obras irregulares. Ambos já foram intimados para prestar depoimento na sede da PF em Goiânia.

Segundo o Iphan, as ameaças ocorreram após a demolição de um casarão histórico sem autorização do órgão e da prefeitura. O pedido para a obra foi feito em abril, mas o proprietário não esperou o parecer técnico. Como resultado, a construção foi derrubada e o instituto aplicou auto de infração, embargou o local e determinou prazo para defesa.

O Iphan Pirenópolis, responsável por proteger os imóveis tombados do centro histórico, reforçou que todas as intervenções — desde uma simples pintura até a substituição de portas ou telhados — exigem autorização prévia. Além disso, o órgão solicitou reunião urgente com a Superintendência da Polícia Federal para garantir a segurança dos servidores e a continuidade das ações de preservação.

A cidade de Pirenópolis é conhecida por seu conjunto arquitetônico colonial dos séculos 18 e 19, tombado pelo patrimônio federal. Acima de tudo, o Iphan ressalta que seu trabalho não é impedir reformas, mas assegurar que elas respeitem a identidade histórica do município. Desde já, o instituto mantém fiscalização rigorosa para coibir irregularidades que possam comprometer esse valor cultural.