O Parque Estadual dos Pireneus pode ganhar ainda mais destaque no cenário ambiental e turístico de Goiás. O deputado estadual Antônio Gomide (PT) apresentou um projeto de lei que reconhece o Pico dos Pireneus como Patrimônio Natural, Geográfico, Paisagístico e Cultural do Estado. A proposta foi protocolada nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa e abrange os municípios de Pirenópolis, Cocalzinho de Goiás e Corumbá de Goiás.
O projeto estabelece diretrizes para a conservação da fauna, da flora e dos recursos hídricos da região. Além disso, propõe valorizar manifestações culturais locais, como a tradicional Festa do Morro dos Pireneus e a Capela da Santíssima Trindade. Desde já, a proposta também aponta caminhos para impulsionar o turismo sustentável e o ecoturismo, o que pode gerar renda e emprego para comunidades da região.
Se aprovado, o projeto irá mobilizar as secretarias estaduais de Meio Ambiente e de Cultura para implementar ações práticas. Isso inclui sinalização das trilhas, restauração de áreas degradadas, promoção de pesquisas científicas e documentação de tradições culturais. Segundo Gomide, o Parque Estadual dos Pireneus já possui todos os atributos para receber esse reconhecimento formal: “Sua biodiversidade única, história e beleza natural justificam a proposta”, destacou.
Criado em 1987, o parque abriga o segundo ponto mais alto de Goiás — o Pico dos Pireneus, com 1.380 metros de altitude. O local funciona como divisor natural das Bacias do Tocantins e do Paraná e é fonte de importantes rios como o das Almas e o Corumbá. Além disso, o parque é um verdadeiro santuário ecológico: abriga mais de 300 espécies vegetais e dezenas de animais ameaçados de extinção, entre mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
Reconhecer o Pico dos Pireneus como patrimônio natural reforça a urgência de proteger o Parque Estadual dos Pireneus. A proposta não apenas valoriza o meio ambiente, mas também fortalece a identidade cultural da região. A tramitação do projeto agora depende da apreciação dos deputados estaduais goianos. Se aprovado, será um passo decisivo para o Cerrado e para as futuras gerações.