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Praga de HLB avança em Goiás e ameaça citros em Anápolis

Plantas com sintomas da praga foram identificadas em pomares comerciais de tangerina. Agrodefesa intensifica ações para evitar prejuízos à citricultura goiana


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 23/04/2025 - 08:43

Fiscais da Agrodefesa monitoram pomares em Anápolis após identificação de plantas com sintomas do HLB, a praga mais severa da citricultura. Foto: Divulgação/ Agrodefesa

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) identificou novas áreas com sintomas da praga HLB (conhecida como Greening) em pomares comerciais de tangerina ponkan em Anápolis. De antemão, a agência destacou que a ação integra o trabalho de vigilância ativa para conter pragas quarentenárias. As amostras foram coletadas e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-GO) para confirmação diagnóstica. Além disso, fiscais estaduais agropecuários iniciaram ações imediatas de contenção, como aplicação de defensivos e instalação de armadilhas para monitorar o vetor da doença.

A resposta rápida é fundamental porque o HLB não tem cura e representa a maior ameaça à citricultura mundial. O psilídeo Diaphorina citri é o transmissor da bactéria Candidatus Liberibacter spp., causadora do Greening. Desde já, a Agrodefesa tem atuado para orientar citricultores sobre o controle eficaz do vetor, incluindo pulverizações periódicas e aquisição de mudas certificadas. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da agência, Leonardo Macedo, a colaboração dos produtores é essencial para impedir a propagação da doença.

Além disso, a coordenadora do Programa de Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha, reforça a importância da educação sanitária no campo. “Temos insistido na necessidade de denunciar comércio ilegal de mudas e seguir todas as exigências fitossanitárias”, afirmou. A praga Anápolis coloca em risco não apenas a produção local, mas também o status sanitário do estado, que busca manter sua citricultura competitiva nos mercados nacional e internacional.

O levantamento fitossanitário mais recente percorreu 2.563 hectares de citros comerciais, o equivalente a 10% das áreas registradas no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). A cobertura incluiu viveiros certificados e contou com a atuação de 66 fiscais de 12 unidades regionais da Agrodefesa. Então, além de Anápolis, já houve detecção da praga em Campo Limpo de Goiás e Quirinópolis, todos sob controle oficial com erradicação e contenção permanentes.

Acima de tudo, o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca o compromisso do órgão com a sustentabilidade da fruticultura goiana. “A vigilância constante e a atuação integrada com técnicos e produtores garantem que o estado continue competitivo, mesmo diante de ameaças como o HLB e o Cancro Cítrico”, afirmou. Atualmente, o estado possui três status fitossanitários para o Cancro: áreas sob erradicação, mitigação de riscos e sem ocorrência. A prevenção contínua é essencial para evitar perdas de produtividade e manter a qualidade dos citros goianos.

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