A partir desta quarta-feira, 09, a Terra passa a registrar dias um pouco mais curtos. A informação foi confirmada por dados do Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS) e do Observatório Naval dos Estados Unidos. Os cientistas afirmam que a variação chega a meio milissegundo por dia, quando comparado ao tempo padrão.
Normalmente, a Terra completa sua rotação em 86.400 segundos, o equivalente a 24 horas. No entanto, mudanças naturais podem alterar esse tempo. O uso de relógios atômicos, em operação desde os anos 1950, permite aos cientistas medir com precisão essas variações na duração do dia.
Nos últimos anos, o tempo de rotação tem diminuído gradualmente. Em 5 de julho de 2024, a Terra registrou o dia mais curto da história recente, com um adiantamento de 1,66 milissegundo. Em 2025, a previsão é de que algo semelhante ocorra novamente nos dias 9 e 22 de julho, além de 5 de agosto.
Mas por que a Terra gira mais rápido? A resposta está em uma combinação de fatores. A posição da Lua, por exemplo, influencia a rotação. Quando o satélite natural está mais ao norte ou ao sul da Linha do Equador, o planeta acelera seu movimento. Nesses dias mais rápidos, a Lua estará em pontos extremos da sua trajetória.
Outros fatores também interferem. O movimento do núcleo terrestre, os fluxos oceânicos e as massas atmosféricas alteram a distribuição de massa no planeta e impactam a velocidade de rotação. Esses fenômenos naturais são cíclicos, mas ainda geram surpresas para a ciência.
O avanço da tecnologia permite que essas mínimas mudanças sejam detectadas com precisão. Mesmo imperceptível no cotidiano, o fato de que a Terra gira mais rápido levanta novas questões sobre como esses fenômenos podem afetar os sistemas globais de tempo, clima e comunicação.