Na sessão da Câmara de Anápolis nesta segunda-feira (19), vereadores repercutiram a Operação “Máscara Digital”, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) na última sexta-feira (16), que resultou na prisão de três pessoas ligadas a perfis anônimos usados para difamar e perseguir adversários políticos nas redes sociais.
O vereador Jean Carlos (PL), líder do governo, elogiou a atuação da Polícia Civil e destacou a postura da presidente da Casa, Andreia Rezende, e do prefeito Márcio Corrêa, que exoneraram os servidores envolvidos. Para Jean, foi preciso responsabilidade ao lidar com o tema. “Não é possível fazer pré-julgamentos. A internet tem sido usada para destruir reputações, e isso precisa acabar”, afirmou.
O vereador Policial Federal Suender (PL) também parabenizou a operação, disse estar aliviado com as exonerações e defendeu que os culpados sejam responsabilizados. Ele lembrou que foi vítima de perseguição em gestões anteriores e enfatizou a importância da transparência. Suender aproveitou para cobrar a retomada do agendamento de consultas via WhatsApp pela Prefeitura.
Domingos Paula (PDT) revelou que ele e outros vereadores foram alvo de postagens ofensivas e anunciou que proporá uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para acompanhar o caso. O parlamentar relatou prejuízos graves às vítimas e cobrou que a Polícia Civil siga informando a população sobre o andamento da investigação.
Já Jakson Charles (PSB) elogiou o trabalho da polícia, mas fez um alerta sobre o risco de politização das denúncias. Segundo ele, é necessário evitar julgamentos precipitados e respeitar o devido processo legal. Jakson também destacou o profissionalismo da presidente da Câmara ao tomar medidas imediatas.
A Operação “Máscara Digital”, conduzida pela Polícia Civil por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic), prendeu temporariamente o secretário municipal de Comunicação, Luis Gustavo Rocha, o diretor de Comunicação da Câmara, Denilson Boaventura, e a ex-candidata Ellysama Aires Lopes. Eles são suspeitos de integrar um grupo que utilizava os perfis “Anápolis na Roda” para atacar autoridades públicas e cidadãos.
A investigação começou com uma denúncia de perseguição e, segundo a polícia, diversos outros casos semelhantes apontaram para o mesmo grupo. Os envolvidos foram liberados ainda na sexta-feira por decisão judicial. Câmara e Prefeitura afirmaram que acompanham os desdobramentos e aguardam mais detalhes para tomar novas providências.