Durante a sessão desta terça-feira (3) na Câmara Municipal de Anápolis, os vereadores Domingos Paula (PDT) e Rimet Jules (PT) afirmaram que o Ministério Público (MP) de Anápolis encaminhou, na segunda-feira (2), um pedido à Justiça local para que os autos da investigação envolvendo o prefeito Márcio Corrêa (PL) sejam remetidos à Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). O objetivo é que o material chegue ao Procurador-Geral de Justiça, que poderá decidir pela continuidade da apuração e eventual denúncia formal.
Em sua fala, Rimet reforçou o convite à audiência pública que será realizada: “Hoje nós vamos ter aqui, oportunamente, um debate para que a gente possa respaldar e nos solidariezar enquanto representantes do povo com as pessoas que sofreram e que foram vítimas de perseguição política, violência emocional e vilipêndio das suas biografias e dos seus caráteres. É evidente que a polícia está fazendo o seu papel e nós tivemos notícias no dia de ontem do encaminhamento do pedido de investigação do prefeito Márcio Corrêa para o Tribunal de Justiça. Inclusive hoje estaremos com o desembargador para tratar desse assunto, cumprindo nosso papel enquanto legisladores e fiscalizadores.”
Vale lembrar que a apuração diz respeito ao possível envolvimento de Márcio Corrêa com um grupo investigado na Operação Máscara Digital, suspeito de crimes como difamação, injúria, perseguição (stalking), falsa identidade e associação criminosa. Entre os elementos levantados pelo MP, está a participação do prefeito de Anápolis em um grupo de WhatsApp de nome “Café com pimenta”, também frequentado pelos investigados Luís Gustavo e Denilson Boaventura. Uma imagem mostrou, inclusive, possíveis mensagens atribuídas a Márcio Corrêa.
Além da visita à Corregedoria-Geral de Justiça do TJ-GO para tratar do assunto, há, como disse Rimet, a audiência pública que trará vítimas dos ataques, que devem relatar os danos causados. Entre os alvos do grupo investigado estão políticos, empresários, influenciadores e líderes religiosos da cidade. Apesar de Márcio Corrêa e os demais investigados não se pronunciaram, o vereador João da Luz, também na sessão de hoje, afirmou que Corrêa pretende participar da audiência. Enquanto isso, o espaço do Tribuna de Anaólis permanece aberto para manifestações