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Veja o que se sabe sobre morte de criança de 8 anos após “desafio do desodorante”

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu um inquérito sobre o caso


Redação Tribuna do Planalto Por Redação Tribuna do Planalto em 14/04/2025 - 15:59

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Sarah Raissa Pereira, de 8 anos. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu um inquérito no domingo (13) para apurar a morte de Sarah Raissa Pereira, de 8 anos, que participou do “desafio do desodorante”, um “jogo” perigoso que circulou nas redes sociais. De acordo com as autoridades, na quinta-feira (10), a criança foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) após inalar o gás de um desodorante aerossol, o que causou uma parada cardiorrespiratória.

A equipe médica conseguiu reanimá-la após cerca de uma hora, mas ela não apresentou reflexos neurológicos, levando ao diagnóstico de morte cerebral. O óbito foi confirmado oficialmente no domingo (13), quando a família registrou a ocorrência na delegacia. A PCDF está investigando como Sarah teve acesso ao desafio e quem são os responsáveis por disseminar o conteúdo.

De acordo com especialistas, inalar substâncias químicas como as presentes em aerossóis pode causar danos graves ao sistema nervoso, arritmias cardíacas e até morte súbita. Os efeitos imediatos do “chroming”, como é chamado o tipo do “desafio do desodorante”, são semelhantes também aos de uma intoxicação alcoólica, podendo haver uma mistura de falta de coordenação, euforia, tontura, náusea, vômito, e até problemas cardíacos e convulsões.

O desafio, que já circulou em outros países, tem sido alvo de alertas por parte de autoridades de saúde e educação. Os envolvidos na divulgação do desafio podem ser enquadrados em homicídio duplamente qualificado, devido ao uso de meio que colocou outras pessoas em risco e por se tratar de uma vítima menor de 14 anos. A pena para esse crime pode chegar a 30 anos de prisão.