Com foco em proteger a citricultura regional, a Agrodefesa ampliou as ações de combate ao HLB em Anápolis e outros municípios goianos. A partir da identificação de focos da praga em Campo Limpo de Goiás e Quirinópolis, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária iniciou inspeções rigorosas em áreas comerciais e não comerciais de produção de citros. Foram avaliadas até agora 40 propriedades comerciais e quatro não comerciais, incluindo cinco comerciais e uma não comercial em Anápolis.
No caso de Anápolis, a cidade concentra mais de 60 propriedades comerciais de citros, que passaram a ser monitoradas com frequência pelos fiscais da Agrodefesa. O objetivo é impedir a disseminação do HLB, também conhecido como Greening, doença que não tem cura e compromete severamente a produção de frutas como limão, laranja e tangerina. Técnicas de armadilhamento têm sido utilizadas para detectar o psilídeo Diaphorina citri, transmissor da bactéria causadora da praga.
Após os primeiros focos, a erradicação das plantas contaminadas foi realizada de forma imediata. Em Campo Limpo de Goiás, o Greening foi confirmado oficialmente em duas propriedades comerciais e uma não comercial. De acordo com a coordenadora do Programa de Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha, a praga ainda está concentrada em uma área restrita e com baixa infestação no estado, o que permite controle mais eficaz.
A Agrodefesa também tem promovido ações educativas para conscientizar produtores e técnicos sobre os impactos do HLB. Em Anápolis, foi realizada uma rodada de palestras sobre identificação da praga, consequências econômicas e estratégias de controle. Eventos semelhantes ocorreram em municípios como Quirinópolis e Terezópolis de Goiás, com apoio de instituições como o Senar e sindicatos rurais.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou que o trabalho preventivo tem sido fundamental para preservar a sanidade vegetal do estado. O monitoramento constante, aliado à rápida execução de protocolos técnicos, tem evitado que surtos localizados evoluam para infestações mais graves. Ramos alertou ainda para os riscos do uso de mudas clandestinas, que contribuem para a propagação da doença.
A gerente de Sanidade Vegetal da agência, Daniela Rézio, reforça que o apoio dos produtores e da população é decisivo para o sucesso das ações. Notificações devem ser feitas à Agrodefesa sempre que houver suspeita da praga. As denúncias podem ser registradas pelo site oficial da instituição: goias.gov.br/agrodefesa.