O Brasil vive um cenário preocupante quando o assunto é segurança digital. Somente em 2024, mais de 80 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes cibernéticos, segundo relatório da TransUnion. O documento também aponta que o número de violações de dados aumentou 24 vezes em um ano, revelando a fragilidade de sistemas usados por empresas e instituições. O aumento das compras online contribuiu para o crescimento dessas ocorrências, criando oportunidades para golpistas agirem com mais frequência e sofisticação.
Com o avanço do comércio eletrônico, fraudes como phishing, boletos adulterados e links falsos se tornaram cada vez mais comuns. Os criminosos criam sites que imitam grandes varejistas e induzem consumidores a fornecerem dados bancários. Outro golpe frequente é o malware, programa malicioso que invade o dispositivo e captura senhas e dados de cartão. Então, mesmo quem compra em sites conhecidos não está totalmente imune, especialmente se não adotar cuidados básicos de proteção digital.
Especialistas como Ibrahim Boufleur, CEO da Tecno It, recomendam boas práticas para aumentar a segurança digital nas compras online. Isso inclui verificar a reputação da loja, evitar clicar em links enviados por e-mail ou redes sociais, preferir métodos de pagamento seguros como cartões virtuais e manter o antivírus sempre atualizado. Essas ações simples podem impedir grandes prejuízos e proteger os dados pessoais dos usuários.
As empresas, por sua vez, também precisam assumir sua parte na proteção do consumidor. Investimentos em criptografia de dados, autenticação em duas etapas e monitoramento de transações suspeitas são estratégias essenciais. Além disso, manter os dados em servidores seguros é uma medida que reduz o risco de vazamentos e garante conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), conforme explica Boufleur, que atua no setor de tecnologia há mais de duas décadas.
Outras regulamentações, como o Código de Defesa do Consumidor e normas do Banco Central, também orientam o tratamento seguro de dados em ambientes digitais. Empresas que não seguem essas diretrizes colocam clientes em risco e podem sofrer sanções legais. A conformidade com essas regras não apenas protege os usuários, como também reforça a credibilidade da marca diante de um mercado cada vez mais atento à proteção de dados.
Durante datas comerciais como o Dia do Consumidor, em que o faturamento do e-commerce superou R$ 88 milhões apenas entre pequenas e médias empresas, a segurança precisa ser redobrada. Consumidores devem agir com cautela, e empresas devem garantir um ambiente confiável. A consolidação da segurança digital no Brasil depende da conscientização coletiva e da aplicação de tecnologias de prevenção eficientes.